Quando falamos de tortas (rocambole para os leitores brasileiros), vem-nos logo à ideia imagens gulosas a derramar chocolate, doce de ovos, compotas pecaminosas e raramente nos lembramos que torta também pode ser salgada e que com elas se podem compor entradas ou refeições leves e deliciosas, como fiz com esta torta de camarão que queria que ficasse húmida e cheia de volúpia na massa. Para isso, experimentei a utilização de um truque muito em moda nos bolos de chocolate, para lhes assegurar a humidade interna: a incorporação de courgette ralada na massa.
O resultado excedeu as melhores expectativas.
Ingredientes:
Creme:
Camarão cru
Manteiga
Cebola
Alhos
Farinha
Natas
Gema de ovo
Sal e pimenta
Salsa
Massa da torta:
5 ovos
3 colheres de sopa de óleo
150g de farinha (auto-levedante químico)
120g de courgette ralada
Sal e pimenta
Preparação:
Coza os camarões, descasque-os e leve de novo ao lume as cabeças e cascas, de modo a obter um caldo de camarão concentrado. Pique o miolo de camarão em pedaços grossos e reserve.
Aloure cebola e alho, picados fino, em manteiga, junte farinha e deixe fazer um roux claro, mexendo sempre. Adicione então o caldo de camarão, deixe engrossar, junte então a salsa, natas e gema de ovo e deixe cozer por uns minutos, mexendo sempre com as varas.
Adicione o camarão,
mexa, rectifique sal e pimenta e reserve.
Bata os ovos com o óleo até ficarem espumosos. Tempere de sal e pimenta, junte a courgette ralada fina e, por último, a farinha peneirada. Envolva.
Deite esta massa num tabuleiro untado e enfarinhado, de modo a que fique muito fina e uniforme (menos de 1cm de espessura)
e leve a cozer em forno a 165ºC durante cerca de 10 minutos.
Vire a placa sobre um pano, barre com o creme de camarão
e enrole com o auxílio do pano, como se faz nas tortas doces (rocambole).
Deixe arrefecer ou amornar
e sirva com uma salada a seu gosto, como entrada ou refeição leve.
A presença da courgette, que é discreta em termos de sabor, permite a manutenção de uma humidade interna deveras aliciante,
facilita e muito o trabalho de enrolar e, como nota negativa, terá apenas o facto de ser daqueles pratos que se torna irresistível e nunca sobra.